O Prefeito de Além Paraíba, Miguel Belmiro de Souza Júnior, fez questão de que fosse registrado a data de hoje, 27 de março de 2021, dia especial em que o primeiro Distrito de Angustura completa mais um ano de vida. Em tempos normais, durante toda a semana estariam acontecendo eventos comemorativos, o Prefeito teria passado a semana no 1º Distrito com seus Secretários até que hoje, o grande todos estariam comemorando juntos. Infelizmente por conta a COVID-19 não foi possível este ano realizar a semana de Angustura mas, tanto o Prefeito quanto o vice, José Marcio Fernandes da Silva, desejam felicidades ao povo gentil, trabalhador e ordeiro de Angustura e que no ano que vem todos estejam juntos para comemorar este dia com a grandeza que o mesmo merece.
UM POUCO DA HISTÓRIA D ANGUSTURA
Angustura é a sede de um distrito pertencente à cidade de Além Paraíba – MG e dista 7 km da rodovia BR-116 (Rio-Bahia), à altura do Km 800. Angustura tem suas origens nos primórdios do povoamento da Zona da Mata Mineira. Durante o Ciclo do Ouro a região, outrora habitada pelos índios puris, cujos vestígios ainda podem ser encontrados em algumas fazendas, era usada como rota por contrabandistas, para se evitar a fiscalização dos “Registros” existentes na estrada oficial – o “Caminho Novo”.Em razão desta segurança tributária, a Mata mineira era conhecida como “Áreas Proibidas”. Neste contexto surgiu o primitivo Arraial de Madre Dios do Angu, atual Angustura, a partir de um pouso de tropeiros que trilhavam as margens do Rio Angu. Nessa época início do séc. XIX – começaram a ser distribuídas sesmaria aos primeiros colonizadores da região. Em 27 de março de1841 o Arraial pertencia à Vila de São Manuel do Rio da Pomba e foi elevado à categoria de Distrito com o nome de Madre de Deus do Angu, sendo incorporado à Vila de São João Nepomuceno no mesmo ano. Com a expansão da cafeicultura através do Vale do Rio Paraíba, Angustura destacou-se como grande produtora e teve o seu apogeu entre o final dos 1800 e princípios dos 1900. Os grandes fazen- deiros de então erigiram a sua atual Igreja Matriz, inaugurada em 1886, artisticamente decorada por artífices contratados na Côrte. Ergueram também, à sua volta, belos solares. O templo e seu entorno integram um harmonioso cenário, emoldurado pelo verde e pelas montanhas que caracterizam a silhueta da geografia mineira. Suas fazendas possuíram inúmeros escravos e, após a libertação destes, atraíram muitos imigrantes europeus para o trabalho nas lavouras de café.Em 1874, o surgimento da ferrovia – Estrada de Ferro da Leopoldina – não contemplou, contudo, o Distrito de Angustura. Posteriormente, com a criação da antiga rodovia Rio-Bahia, na década de 1930, novamente Angustura se viu preterida. Mais tarde, com o declínio do café e com o êxodo rural iniciado com o processo de industrialização do país -em particular a instalação da Cia.Siderúrgica Nacional- ocorreu o seu esvaziamento populacional. Tais fatos se, de um lado, penalizaram o progresso de Angustura, paradoxalmente, de outro, contribuíram para o resguardo de parte de seu conjunto arquitetônico original, hoje tombado pela municipalidade. Muitos representantes de sua aristocracia cafeeira se notabilizaram na vida pública do Município, da Província, do Império e da nascente República. Em Angustura, também tombado pelo patrimônio municipal, encontra – se o Mausoléu do Primeiro Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Francisco de Assis Manso da Costa Reis. O pai do Cel. Assis era o Cap. Valeriano Manso da Costa Reis colega de Regimento de TIRADENTES- por este citado nos Autos de Devassa da Inconfidência – e sua mãe era d. Ana Ricarda de Seixas,irmã de Mª Dorothéa Joaquina de Seixas – a MARÍLIA DE DIRCEU, musa do poeta inconfidente THOMAZ ANTONIO GONZAGA. Outro que merece destaque é o Dep. Antônio Romualdo Monteiro Manso, notabilizado por ter sido o primeiro político do Império que se negou a prestar juramento de fidelidade a D. Pedro II .Em razão de suas convicções anti monarquistas, Monteiro Manso conquistou a admiração do propagan- dista republicano SILVA JARDIM que visitou Angustura – onde sofreu um atentado em março de 1889.Em Angustura faleceu,em sua Fazenda Babilônia,o Senador Agostinho Cezário de Figueiredo Côrtes que dá nome à cidade de Senador Côrtes, nesta Zona da Mata. São também angusturenses o grande Jurista e Ministro do STF, Nelson Hungria; o Desembargador Francisco de Castro Rodrigues Campos, pai do ex-governador mineiro Milton Soares Campos; o Dep. Provincial Francisco Cezário de Figueiredo Côrtes; e o ex-prefeito de Araxá, Fausto Figueira Soares Alvim – que também foi Presidente do antigo IAPC e escultor talentoso, reconhecido por importantes críticos de arte. O Dicionário do Aurélio nos ensina que Angustura significa “Passagem estreita entre montanhas”. Contudo, nós podemos dizer e sem medo de errar: ANGUSTURA…um presente do passado. (Fonte: Instituto Culturar)
27/03/2021 – Assessoria de Comunicação Social e Imprensa Prefeitura Municipal de Além Paraíba