Segundo o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta a campanha foi adiantada porque a vacina deixa o sistema imunológico 80% protegido contra cepas do vírus influenza, milhares de vezes mais comuns que o coronavírus. “Se a pessoa avisa que foi vacinada [contra a gripe], auxilia no raciocínio do profissional de saúde, do médico pensar em outros vírus por trás de uma doença,” completou.
Os indivíduos com mais de 60 anos foram para o primeiro lugar da fila, porque estudos mostram que estariam mais suscetíveis às complicações do novo coronavírus. Atenção: isso não significa que a vacina evita o ataque do Sars-Cov-2, até porque estamos falando de agentes infecciosos bem distintos. Na verdade, ao proteger os idosos do vírus influenza (causador da gripe), essa vacina impede uma sobrecarga do sistema respiratório que agravaria um eventual ataque do novo coronavírus.
Os trabalhadores de saúde também serão imunizados neste primeiro momento pelo maior risco de entrarem em contato com ambos os vírus (e por poderem transmiti-los a pessoas que já estão fragilizadas em ambientes hospitalares).
Em dois dias de campanha (23 e 24) foram vacinadas 1.457 pessoas do público-alvo. Os idosos estão sendo vacinados em suas casas por enfermeiros e técnicos de enfermagem da secretaria municipal de saúde.
Estamos atuando na estratégia “estra-muro”, batendo de porta em porta, possibilitando que os idosos respeitem a quarentena; que é o recomendado no momento atual.
Além disso, há um esquema de grupos prioritários de acordo com as datas definidas pelo Programa Nacional de Imunização; não sendo uma escolha do município.